Há anos, busca-se o prazer inigualável do paladar doce, penetrando em nosso corpo através das papilas gustativas de nossa língua, migrando eletricamente para o nosso cérebro.
Mas, depois de todo este prazer por vezes ficamos com o remorso do excesso de calorias.
Ou mesmo pacientes diabéticos, que buscam igualar seu prazer em pratos apetitosos, livres do excesso de açúcar.
É aqui que a indústria alimentícia entra, oferecendo inúmeras opções de edulcorantes naturais e artificiais.
Qual é o melhor?
Seguem elencados, os adoçantes mais comumente usados:
ASPARTAME: descoberto em 1965, é obtido de dois aminoácidos naturais presentes em vários alimentos: a ácido aspártico e a fenilalanina.
Prós: talvez seja o adoçante mais apreciado pelo sabor bastante parecido com o açúcar. Não apresenta residual amargo.
Poder adoçante: 180 vezes maior do que o do açúcar
Contras: perde sua doçura quando submetido a altas temperaturas. Vários estudos apontam um poder residual no organismo.
Restrições: é contra indicado para os portadores de fenilcetonúria (incapacidade do organismo de metabolizar a fenilanina)
Dose máxima recomendada: 55 mg por quilo, ou cerca de 48 envelopes de 1g de adoçante
CICLAMATO: descoberto em 1940, a partir de um derivado do petróleo, o ácido ciclo hexano sulfâmico
Prós: é um dos adoçantes mais barato do mercado e muito utilizado pela industria, principalmente de refrigerantes dietéticos
Poder adoçante: 30 vezes maior o do açúcar
Contras: apresenta um sabor amargo, por isso geralmente é combinado a outro adoçante. Vários estudo apontam um poder residual no organismo.
Restrições: deve ser evitado por hipertensos porque costuma aparecer combinado com sódio
Dose máxima recomendada: 11miligramas por quilo de peso ao dia
STEVIOSIDEO: adoçante naturaldescoberto em 1905, extraído da stévia, uma planta originária da fronteira do Brasil com o Paraguai. È o único de origem vegetal.
Prós: é totalmente atóxico e seguro no organismo
Poder adoçante: 200 a 300 vezes maior o do açúcar
Contras: apresenta um sabor residual amargo
Dose máxima recomendada: 5,5 mg
ACESSULFAME K: descoberto em 1967, o acessulfame foi aprovado para uso em bebidas, sobremesas, gomas de mascar e adoçantes de mesa
Prós: é um adoçante considerado totalmente seguro, suporta altas temperaturas e suas calorias são insignificantes
Poder adoçante: 200 vezes maior o do açúcar
Dose máxima recomendada: 15 mg
SACARINA: é o adoçante artificial mais antigo que existe. Sua descoberta ocorreu em 1879. È extraída de um derivado do petróleo, o ácido sulfanoilbenzóico.
Prós: sua maior qualidade é o fato de ser estável a altas temperaturas, podendo ser utilizado em preparações quentes
Poder adoçante: 300 vezes maior do que o açúcar da cana
Contras: em altas concentrações, tem gosto residual amargo e metálico. Vários estudos apontam um poder residual no organismo.
Dose máxima recomendada: 3,5 mg
SUCRALOSE: adoçante sintético obtido a partir da cloração da sacarose, o açúcar. Foi aprovado em 1998
Prós: resiste bem a altas temperaturas, e não tem sabor amargo
Poder adoçante: 600 vezes superior ao do açúcar
Contras: ainda não foram apontados efeitos colaterais em estudos científicos sobre a sucralose.
SORBITOL E MANITOL: são obtidos pela redução da glicose. Não são considerados adoçantes artificiais, são usados em balas e gomas.
Prós: não causam cáries e não aumentam os índices de glicose no sangue, podendo ser utilizados com moderação por diabéticos
Contras:são adoçantes relativamente calóricos, cada grama contém quatrocalorias
Enfim, ficam aqui algumas dicas em relação ao uso de adoçantes: utilize o mínimo possível, aprenda a degustar o alimento pelo seu próprio sabor; evite o excesso de produtos diets, possibilitam que você ultrapasse a necessidade diária permitida de adoçantes; gestantes e crianças só devem usar adoçantes com orientação do médico ou nutricionista. A vida é doce, não precisamos nem de açúcar ou adoçantes para torná-la melhor!
MARLISE POTRICK STEFANI
NUTRIÇÃO | GERIATRIA | COACHING |
QUALIDADE DE VIDA | GASTRONOMIA